Esta etapa divide-se em troços distintos, que motivam diferentes sensações nos peregrinos. Prepare-se para uma jornada longa, de constante sobe e desce, a primeira de três etapas bastante exigentes.

Até ao limite do concelho de Moimenta da Beira, o caminho é sempre a subir, pelo que se aconselha uma paragem na aldeia de Sarzedo. Segue-se um troço isolado e agreste, por vezes selvagem, entre pinhais e frondosos arbustos que ameaçam cortar o caminho. São quilómetros de isolamento até Granja Nova, mas, a partir daqui tudo muda. 

A descida até Ucanha é deslumbrante, por antiga via de altos muros de pedra e extensas plantações de macieiras. Na localidade, a passagem do rio Varosa faz-se por ponte medieval que dispõe de torre-portagem, símbolo da cobrança sobre mercadorias que entravam no território do vizinho mosteiro de Salzedas. É um dos mais marcantes monumentos do Caminho de Torres e dele ficará certamente boa memória.

A última parte é difícil. Depois do mosteiro de Ferreirim, a subida a Mós e à Estrada Nacional 226 é dura e faltam ainda vários quilómetros até Lamego, por Britiande e Santiago de Cepões. Ao descer ao bairro da ponte e cruzar o rio Balsemão, falta a última subida até à catedral de Lamego.