Até Pontesampaio, a etapa é deslumbrante, com a ria de Vigo sempre próxima. Não deixe de observar os impressionantes conjuntos de espigueiros ao longo do trajeto. Entre Cesantes e Tuimil, o cruzamento da EN 550 pode ser perigoso, pois as bermas são de alcatrão que prolongam a via de rodagem. A pequena subida à vertente ocidental do Alto da Cabaleira vale pela descida, feita em terra batida sempre com o horizonte marítimo das rias a acompanhar-nos. Em Pontesampaio, famosa pelas suas ostras, é altura de descansar, aproveitando a harmonia dos elementos que ali se conjugam.

Do lado de lá da ria, a subida é curta, por troços de uma via de origem romana, hoje feita de irregulares lajes antigas. Mais à frente, apesar dos troços alcatroados, a envolvente florestal reforça a solidão e a saudade das primeiras etapas, há já tantos dias atrás… 

Falta pouco para Pontevedra, cidade militantemente jacobeia. Se chegar cedo (se possível pelas 15h), poderá descansar um pouco no albergue e, depois, partir à descoberta do centro histórico livre de automóveis, onde ficará deslumbrado com a capela da Virgem Peregrina e muitos outros recantos pontevedrenses.